segunda-feira, 20 de junho de 2016

Poesia Palaciana
 

      Quando as cantigas medievais e os trovadores deixaram de existir em meados do século XIV, a poesia quase desapareceu por cem anos. Surgiu então a poesia palaciana, que diferentemente das cantigas trovadorescas (cantadas e dançadas), era composta por redondilhas, não possuía acompanhamento musical e era lida ou declamada. Os poemas faziam o uso consciente de rimas, ritmos bem marcados, ambiguidades, jogos de palavras, aliterações e figuras de linguagem.
Meu amor tanto vos quero,
que deseja o coração
mil cousas contra a razão.
Porque, se vos não quisesse,
como poderia ter
desejo que me viesse
do que nunca pode ser?
Mas conquanto desespero,
e em mim tanta afeição,
que deseja o coração.
(Aires Teles)
fonte=https://humanismoblog.wordpress.com/2012/06/06/poesia-palaciana/
Humanismo

 O conceito de humanismo tem várias acepções. Trata-se, por exemplo, da doutrina que tem por base a integração dos valores humanos. O humanismo também é um movimento renascentista que se propôs a voltar-se para a cultura greco-latina a fim de restaurar os valores humanos.
 O humanismo, regra geral, é um comportamento ou uma atitude que exalta o gênero humano. Sob esta concepção, a arte, a cultura, o desporto e as atividades humanas gerais tornam-se transcendentes.
 Pode-se dizer que o humanismo procura a transcendência do ser humano como espécie. Trata-se de uma doutrina antropocêntrica em que o homem é a medida de todas as coisas. A organização social, como tal, deve desenvolver-se a partir do bem-estar humano. Esta corrente opõe-se ao teocentrismo medieval, onde Deus era o centro da vida.
 O humanismo reconhece valores como o prestígio, o poder e a glória, que eram criticados pela moral cristã e, inclusive, considerados pecados. Ainda contrariamente às doutrinas religiosas, o humanismo faz do homem um objecto de fé, ao passo que, outrora, a fé era patrimônio de Deus.
novelas de cavalaria 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

                             NOVELAS DE CAVALARIA São narrativas literárias em capítulos que contam os grandes feitos de um herói (acompanhado de seus cavaleiros), entremeados de célebres histórias de amor.

Tais histórias de amor não são melancólicas e platônicas como o que aparece nas cantigas: o herói cultua a amada, mas não se contenta apenas em vê-la; ele quer e é correspondido pela amada, que por ser casada (ou religiosa: "casada com Cristo"), torna-se adúltera para concretizar o seu amor; os obstáculos incentivam o herói na fase de conquista (o que é proibido é mais gostoso), ao invés de torná-lo impotente como acontece nas cantigas; a esse amor físico, adúltero, presente nas novelas e xácaras medievais, dá-se o nome de AMOR CORTÊS, em que o casal central não tem final feliz e é severamente punido pelo pecado cometido.

Nesses episódios eróticos são revelados até relacionamentos homossexuais ( rei Artur e Lancelote, rei Ricardo Coração de Leão...)
Os heróis medievais não têm a força física exagerada dos heróis da Antigüidade, mas são sempre jovens, belos e elegantes. Suas amadas são sempre "as mais belas do reino". A maioria das novelas de cavalaria portuguesas são traduções ou adaptações de novelas francesas ou inglesas. Dependendo de quem é o herói principal da novela, ela faz parte de um dos seguintes CICLOS:

a) CICLO GRECO-ROMANO OU CLÁSSICO: conjunto de novelas de cavalaria que narram as façanhas de heróis da Antigüidade;

b) CICLO CAROLÍNGEO OU FRANCÊS: novelas cujo herói é Carlos Magno;

c) CICLO ARTURIANO OU BRETÃO: as novelas deste ciclo são as mais famosas, adaptadas e traduzidas; o herói dessas novelas é o Rei Artur , sempre acompanhado de seus célebres cavaleiros da távola redonda.

fonte=http://lerliteratura.blogspot.com.br/2010/03/prosa-medieval-novelas-de-cavalaria.html